Esse post é para você que achava que o São Paulo só seria alagada por conta do crescimento desenfreado, do acumulo de sujeira e dos maus tratos dos paulistanos com a sua cidade.
O lixo é responsável por 40% dos alagamentos nas grandes cidades. O crescimento desordenado da população e de construções na cidade aumenta muito o risco de enchentes, não só pela impermeabilização do nosso solo, mas pela quantidade de lixo que essa população produz.
Mas essa não é a única fonte das causas de enchentes em São Paulo. Encontrei algumas fotos antigas de grande alagamentos na cidade em uma época que a população não era nem 1/4 do que é hoje, entre as décadas de 50 e 60 a população da cidade era cerca de 28% do que é hoje. A tendência é que a coisa fique mais preocupante a cada dia que passa.
Aquecimento global? Lixo? crescimento desordenado? Como explicar as enchentes na cidade em uma época que não tínhamos esses problemas?
Será que poderíamos explicar as enchentes nessa época pela topografia da cidade? Talvez sim, o pequeno povoado que cresceu as margens dos rios Anhangabaú e Tamanduateí, tem os mesmos como seus principais agentes.
Os rios de São Paulo que originalmente corriam pela cidade, sofreram grandes mudanças por conta do crescimento desordenado e falta de planejamento urbano.
Não foi levada em consideração as exigências da natureza. Rios inteiros foram engolidos pela cidade: canalizados, desviados, cursos mudados e várzeas aterradas.
O rio Tamanduateí tinha cerca de 43 afluentes que deram origem a alguns bairros e vilas, como o Ipiranga e a Mooca. A maioria desses córregos estão completamente canalizados e transformados em coletores de esgoto.
Enquanto a administração pública não compreender a real importância que tem os rios da nossa cidade, estaremos sujeitos a grandes inundações, catástrofes que serão cada vez mais freqüentes.
Hoje a cidade que engole os nossos rios, amanhã seremos engolidos por eles.
Veja essa série de fotos antigas da cidade de São Paulo em um dos seus piores momentos de alagamentos:
Marginal Tietê, Zona Norte, 1960
Túnel do Anhangabaú, Centro, 1963
Av. 9 de Julho, Centro
Vale do Anhangabaú, 1967
Rua Teixeira Leite, Centro, 1956
Av Cruzeiro do Sul, Zona Norte - 1957
Centro da cidade
Rua General Carneiro, 1958
Piscina do Adhemar, no Anhangabaú, 1958
Bairro do Cambuci, 1935
Grande enchente de 1929
Grande enchente de 1929
Grande enchente de 1929
Bairro do Bom Retiro, Rua Benedito Junqueira Duarte, 1943
Várzea do Glicério, 1915
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Cidadania Italiana, a saga continua
Documentos, certidões, requerimentos, tudo certo para o processo do reconhecimento da cidadania italiana, porém há 2 caminhos bem distintos a percorrer.
Me cadastrei no site do Consulado Italiano de São Paulo para solicitar o agendamento da entrega dos documentos solicitados para a cidadania, mas a resposta que tive não foi das mais animadoras:
Prezado Usuário,
Em relação ao seu pedido informamos que deverá comparecer no dia 12/06/2019, das 8:30h às 11:00h no Consulado Geral da Itália - São Paulo situado na Av. Paulista, 1963 munido dos documentos a serem legalizados.
Como é que é???? 2019??? Daqui a 9 anos??? Ma che cazzo?!?!?!
Pois é, esta é a fila para a legalização aqui em São Paulo, 9 anos de espera.
Como não sou de esperar muito, minha ansiedade não permite, resolvi buscar outras alternativas, empresas especializadas em assessoria no processo de reconhecimento da cidadania italiana.
Algumas são com certeza pura enganação, outras parecem ser mais sérias, mas quase todas tentam com aquele jeitinho brasileiro conseguir a legalização das certidões aqui para poder solicitar o passaporte direto na Itália.
Existem algumas discordâncias no assunto. Em uma delas, a pessoa me disse que o processo seria: retificar o documento (alterar datas e nomes na certidões de nascimentos), traduzi-los para o italiano, depois entrar com um recurso no consulado italiano para a legalização do documento, ou seja, furar a fila de espera, e só depois disso, a legalização para poder tirar o passaporte na Itália. Tudo isso pela bagatela de 18.000 reais, fora a parte italiana, que deveria ser feita em Verona.
Outra empresa me passou o valor de 9.000 reais para traduzir e legalizar os documentos no consulado, fora a parte italiana. Tudo isso sem a necessidade de retificação das certidões, para depois retirar o passaporte na Calabria.
Em outra empresa, não ficaria por menos de 12.000 reais, pois além da legalização, teria que retificar os documentos pra depois embarcar para Milano e retirar o passaporte.
Realmente, a coisa parece ser bem mais complicada do que parecia, ou espero 9 anos, ou então gasto em torno de 18.000 reais para tirar fora do país em mais ou menos 6 meses.
Ano que vem tenho um casamento em Madrid, minha cunhada vai casar lá, e posso aproveitar a viagem para tirar o meu passaporte italiano. Tudo depende do tempo e do $tempo$, com certeza vai sair, mas não sei por onde.
Vamos que vamos! A saga continua...
Me cadastrei no site do Consulado Italiano de São Paulo para solicitar o agendamento da entrega dos documentos solicitados para a cidadania, mas a resposta que tive não foi das mais animadoras:
Prezado Usuário,
Em relação ao seu pedido informamos que deverá comparecer no dia 12/06/2019, das 8:30h às 11:00h no Consulado Geral da Itália - São Paulo situado na Av. Paulista, 1963 munido dos documentos a serem legalizados.
Como é que é???? 2019??? Daqui a 9 anos??? Ma che cazzo?!?!?!
Pois é, esta é a fila para a legalização aqui em São Paulo, 9 anos de espera.
Como não sou de esperar muito, minha ansiedade não permite, resolvi buscar outras alternativas, empresas especializadas em assessoria no processo de reconhecimento da cidadania italiana.
Algumas são com certeza pura enganação, outras parecem ser mais sérias, mas quase todas tentam com aquele jeitinho brasileiro conseguir a legalização das certidões aqui para poder solicitar o passaporte direto na Itália.
Existem algumas discordâncias no assunto. Em uma delas, a pessoa me disse que o processo seria: retificar o documento (alterar datas e nomes na certidões de nascimentos), traduzi-los para o italiano, depois entrar com um recurso no consulado italiano para a legalização do documento, ou seja, furar a fila de espera, e só depois disso, a legalização para poder tirar o passaporte na Itália. Tudo isso pela bagatela de 18.000 reais, fora a parte italiana, que deveria ser feita em Verona.
Outra empresa me passou o valor de 9.000 reais para traduzir e legalizar os documentos no consulado, fora a parte italiana. Tudo isso sem a necessidade de retificação das certidões, para depois retirar o passaporte na Calabria.
Em outra empresa, não ficaria por menos de 12.000 reais, pois além da legalização, teria que retificar os documentos pra depois embarcar para Milano e retirar o passaporte.
Realmente, a coisa parece ser bem mais complicada do que parecia, ou espero 9 anos, ou então gasto em torno de 18.000 reais para tirar fora do país em mais ou menos 6 meses.
Ano que vem tenho um casamento em Madrid, minha cunhada vai casar lá, e posso aproveitar a viagem para tirar o meu passaporte italiano. Tudo depende do tempo e do $tempo$, com certeza vai sair, mas não sei por onde.
Vamos que vamos! A saga continua...
terça-feira, 23 de março de 2010
Receita original do molho à bolonhesa
Você sempre achou que fazer aquela macarronada à bolonhesa no domingão com a família era a opção mais simples de almoço?
Bom, aqui no Brasil pode ser, mas em Bologna na Italia é bem mais complexo.
O molho bolognesa que fazemos no Brasil e em alguns outros países, não é nem de perto como é originalmente feito na Itália, mais precisamente na cidade de Bologna, onde foi criado o ragù alla bolognese, nome original em italiano do nosso molho à bolonhesa.
Segundo os próprios bologneses, o molho vêm sido alterado e simplificado por anos e hoje apenas leva dois ingredientes da receita original italiana. A maioria das pessoas faz o molho bolonhesa com carne moída, alguns temperos (alho e cebola) e molho de tomate ao sugo (sem pedaços).
Pois bem, a primeira surpresa em relação a receita original é que a massa recomendada para acompanhar o molho é o tagliatelle e não o spaghetti como geralmente usamos.
Outra diferença é que o molho original leva leite. Madonna!!! Agora que a macarronada da nonna foi pro brejo de vez...
Veja aqui abaixo a receita original do molho à bolonhesa italiana:
300 gr Carne moída
50 gr Bacon
50 gr manteiga
2 tomates cortados em pedaços
50 gr cenoura
50 gr cebola
50 gr aipo
50 gr ervas
50 gr alho
1/2 copo de vinho branco
200 gr de leite integral
Modo de preparo:
Doure o bacon na manteiga, depois a cebola e o alho, depois junte a carne e as ervas, cenoura, aipo. Depois da carne refogada, coloque o leite e deixe ferver até reduzir, adicione os tomates e em seguida o vinho. Deixe o molho consistente e pronto. Mangia che te fá bene.
Além dos muitos ingredientes diferentes, até o modo de preparo do prato está errado. Geralmente colocamos o molho em cima do macarrão quando o prato vai à mesa. Pois bem, na receita original, o molho já é misturado à massa dentro da panela, e não no prato.
Esta receita foi patenteada pelos italianos em 1982 e ainda vem sido usada tradicionalmente por lá e em restaurantes de grandes chefs italianos. Segundo os detentores da patente, o molho é feito exclusivamente para ser usado em tagliatelles, portanto esqueça de usar em lasanhas e outras massas.
Veja aqui um video que a BBC produziu sobre o assunto.
Bom, aqui no Brasil pode ser, mas em Bologna na Italia é bem mais complexo.
O molho bolognesa que fazemos no Brasil e em alguns outros países, não é nem de perto como é originalmente feito na Itália, mais precisamente na cidade de Bologna, onde foi criado o ragù alla bolognese, nome original em italiano do nosso molho à bolonhesa.
Segundo os próprios bologneses, o molho vêm sido alterado e simplificado por anos e hoje apenas leva dois ingredientes da receita original italiana. A maioria das pessoas faz o molho bolonhesa com carne moída, alguns temperos (alho e cebola) e molho de tomate ao sugo (sem pedaços).
Pois bem, a primeira surpresa em relação a receita original é que a massa recomendada para acompanhar o molho é o tagliatelle e não o spaghetti como geralmente usamos.
Outra diferença é que o molho original leva leite. Madonna!!! Agora que a macarronada da nonna foi pro brejo de vez...
Veja aqui abaixo a receita original do molho à bolonhesa italiana:
300 gr Carne moída
50 gr Bacon
50 gr manteiga
2 tomates cortados em pedaços
50 gr cenoura
50 gr cebola
50 gr aipo
50 gr ervas
50 gr alho
1/2 copo de vinho branco
200 gr de leite integral
Modo de preparo:
Doure o bacon na manteiga, depois a cebola e o alho, depois junte a carne e as ervas, cenoura, aipo. Depois da carne refogada, coloque o leite e deixe ferver até reduzir, adicione os tomates e em seguida o vinho. Deixe o molho consistente e pronto. Mangia che te fá bene.
Além dos muitos ingredientes diferentes, até o modo de preparo do prato está errado. Geralmente colocamos o molho em cima do macarrão quando o prato vai à mesa. Pois bem, na receita original, o molho já é misturado à massa dentro da panela, e não no prato.
Esta receita foi patenteada pelos italianos em 1982 e ainda vem sido usada tradicionalmente por lá e em restaurantes de grandes chefs italianos. Segundo os detentores da patente, o molho é feito exclusivamente para ser usado em tagliatelles, portanto esqueça de usar em lasanhas e outras massas.
Veja aqui um video que a BBC produziu sobre o assunto.
terça-feira, 9 de março de 2010
Mio bisnonno é nato a Montecchio Maggiore
Finalmente!!!! Depois de alguns anos na busca, semana passada chegou em casa a certidão de nascimento italiana do meu bisnonno, Giuseppe Della Negra.
Como eu acreditava, ele nasceu em Montecchio Maggiore (VI) no dia 13 de junho de 1882. Estava com dúvidas se acharia essa certidão em Montecchio, pois apenas tinha certeza que seu irmão era de lá.
Em 2007, mesmo com dúvidas, fui pessoalmente a Montecchio Maggiore tentar algo, porém pessoalmente não adianta muito, pois eles necessitavam de tempo para fazer uma "ricerca" nos arquivos.
Continuei na expectativa, aguardando uma resposta de Montecchio, enquanto isso, fui mandando emails para outras comunes de Vicenza, para ver se existia alguma outra possibilidade.
Provavelmente a comune estava com sérios problemas para fazer essa busca. Apenas no ano passado chegou a certidão do Antonio, seu irmão, e só agora a do Giuseppe, depois de 3 anos.
Uma coisa é certeza, meu sobrenome italiano é na verdade "Dalla Negra" e não "Della Negra", como fomos registrados no Brasil. Na própria hospedaria do Brás, a família já chegou com erro no sobrenome, desde então siamo tutti Della Negra e non Dalla Negra.
Bom, valeu a pena a espera, agora vou atrás dos outros documentos que faltam para tirar a cidadania italiana: certidão de casamento, óbito, fazer retificações nos documentos, tradução e depois ficar na fila de 11 anos...
Montecchio Maggiore
Aqui vou falar um pouco sobre a cidade e seus principais pontos turísticos de onde nasceu mio bisnonno paterno.
A cidade é uma das comune italianas da região do Vêneto, província de Vicenza, com cerca de 23.000 habitantes. A origem do nome é do termo "monti clus", que significa "pequena montanha" em latim.
A cidade fica em um local estratégico detectado pelos romanos, pois fica no caminho para o valle Agno, depois de uma estrada ser construída conectando Vicenza ao Campo del Gallo.
Em 1236 a cidade foi de domínio romano, e desde então, a região foi submetida a várias invasões na Idade Média. No século VI foram os lombardos e os bizantinos que acabaram se estabelecendo a sua autoridade por lá, depois tornando-se um grande centro de Ducato vicentino.
Cangrande em 1311 e mais tarde Cangrande II, conquistaram Montecchio e os territórios do domínio Vicentino, e em um projeto para melhorar as estruturas militares, eles construíram os castelos, colocando como responsável, Giovanni Della Scala, a fim de defender a capital e reforçar a estrutura defensiva da comunidade, com uma rede de castelos e muralhas de pedra que são a atração principal da cidade.
As fortalezas poderosas que dominavam Montecchio Maggiore, são os restos de um poderoso complexo para controlar e defender o caminho de Verona a Vicenza.
No século XV, o Vêneto caiu sob a soberania de Veneza, que foi governado até 1797, ano da queda da República Veneziana.
Depois, Montecchio Maggiore foi sede de um pequeno reino que inclui as cidades vizinhas de Sovizzo, Gambugliano, Montemezzo e Mount St. Lorenzo.
No final do século XIX, são realizadas obras civis e religiosas de importância fundamental para a chegada século XX, destacando-se um notável desenvolvimento industrial.
Exibir mapa ampliado
Castelli Scaligeri
Os 2 castelos são os pontos turísticos mais importantes da cidade. O que vemos hoje dos castelos são a versão existente construída por Antonio Della Scala, senhor de Verona, na segunda metade do século XIV.
Historiadores, dizem que já haveria um castelo fortificado desde o ano 1000 no alto do morro com vista para a cidade histórica de Montecchio Maggiore, na verdade, poderíamos dizer que a cidade se desenvolveu no pé da colina do castelo.
O Castello Della Villa (Castello di Romeo) é um belo documento da arquitetura militar, mesmo que as ameias tenham sido destruídas, as restaurações efetuadas nas últimas décadas acabaram transformando-o em um teatro ao ar livre, aberto ao público, com sessões de cinema e outros eventos.
A torre de menagem, é agora usada como espaço para exposições, que se estende ao longo de cinco andares ao topo, sendo visível pelos vales vizinhos.
O Castello Della Bellaguardia (Castello di Giulieta) foi construído com o objetivo de observar a planície entre Verona e Vicenza no ponto mais alto da colina.
As restaurações adaptaram este castelo para receber um charmoso restaurante que opera regularmente a partir dos anos 50.
Ristorante Giulietta e Romeo - http://www.ristorantegiuliettaeromeo.it/
A tradição diz que as duas famílias Montecchios e os Capuletos, da história de Romeu e Julieta, realmente existiram e habitaram os 2 castelos.
As duas famílias, eternas inimigas, foram confiadas as fortalezas de Montecchio pelo senhor de Verona, Cangrande della Scala, para uma reconciliação e aproximar-los na missão de proteger o território.
A intenção foi em vão, mas ali nasceu o amor de grande obstáculo que acabou em final trágico na cidade de Verona.
História foi narrada pela primeira vez em 1524 por Luigi Da Porto Vicenza, no final desse século, e depois inspirou o gênio de William Shakespeare.
Video di Castelli di Montecchio Maggiore
Villa Cordellina Lombardi
O imponente edifício no complexo com seus anexos podem ser considerados um dos mais importantes vilas venetas do século XVIII.
Criada 1735-1760 com desenhos do arquiteto veneziano Giorgio Massari, abriga no salão central do piso principal, um notável "ciclo di affreschi" de Giambattista Tiepolo.
Restaurada entre os anos de 1953 - 1956 por Victor Lombardi, empresário industrial de Brescia, financiador da expedição italiana ao topo do K2, em 1954, queria reformar a casa de campo o mais fiel possível ao seu esplendor original.
Desde 1970 é propriedade da Administração Provincial de Vicenza, que a utiliza para fins culturais e aberto ao público visitante.
O "ciclo di affreschi" é uma celebração da exaltação das virtudes da razão sobre a paixão, a intolerância e a superstição, um tema caro à filosofia iluminista que, em meados do século XVIII, havia conquistado toda a Europa.
De especial relevância artística também a composição de esculturas originais ainda está preservada, no jardim e na fachada da casa de campo.
O complexo do palácio inclui a casa, os estábulos de cavalos e casas de hóspedes, além de estábulos rústicos e celeiros para recolher os alimentos nos campos.
Duomo di Santa Maria e San Vitale
É um edifício neo-gótico que data de 1892 que abriga os altares e obras de arte da antiga igreja paroquial demolida.
Este edifício tinha origens antigas antes do ano 1000 e foi a igreja matriz de todos os edifícios sagrados dos vales de Chiampo e dell’Agno.
Na Catedral há uma preciosa pintura do século XVIII feita por Antonio De Pieri, pintor de Vicenza, um trítico de pedras preciosas de origem século XV, que tem origem na antiga igreja paroquial, outras obras menores século XIX e uma série de obras recentes, entre eles uma Via Crucis e um grande crucifixo pintado de acordo com a igreja gótica do século XIV.
Vídeo das atrações de Montecchio Maggiore
Como eu acreditava, ele nasceu em Montecchio Maggiore (VI) no dia 13 de junho de 1882. Estava com dúvidas se acharia essa certidão em Montecchio, pois apenas tinha certeza que seu irmão era de lá.
Em 2007, mesmo com dúvidas, fui pessoalmente a Montecchio Maggiore tentar algo, porém pessoalmente não adianta muito, pois eles necessitavam de tempo para fazer uma "ricerca" nos arquivos.
Continuei na expectativa, aguardando uma resposta de Montecchio, enquanto isso, fui mandando emails para outras comunes de Vicenza, para ver se existia alguma outra possibilidade.
Provavelmente a comune estava com sérios problemas para fazer essa busca. Apenas no ano passado chegou a certidão do Antonio, seu irmão, e só agora a do Giuseppe, depois de 3 anos.
Uma coisa é certeza, meu sobrenome italiano é na verdade "Dalla Negra" e não "Della Negra", como fomos registrados no Brasil. Na própria hospedaria do Brás, a família já chegou com erro no sobrenome, desde então siamo tutti Della Negra e non Dalla Negra.
Bom, valeu a pena a espera, agora vou atrás dos outros documentos que faltam para tirar a cidadania italiana: certidão de casamento, óbito, fazer retificações nos documentos, tradução e depois ficar na fila de 11 anos...
Montecchio Maggiore
Aqui vou falar um pouco sobre a cidade e seus principais pontos turísticos de onde nasceu mio bisnonno paterno.
A cidade é uma das comune italianas da região do Vêneto, província de Vicenza, com cerca de 23.000 habitantes. A origem do nome é do termo "monti clus", que significa "pequena montanha" em latim.
A cidade fica em um local estratégico detectado pelos romanos, pois fica no caminho para o valle Agno, depois de uma estrada ser construída conectando Vicenza ao Campo del Gallo.
Em 1236 a cidade foi de domínio romano, e desde então, a região foi submetida a várias invasões na Idade Média. No século VI foram os lombardos e os bizantinos que acabaram se estabelecendo a sua autoridade por lá, depois tornando-se um grande centro de Ducato vicentino.
Cangrande em 1311 e mais tarde Cangrande II, conquistaram Montecchio e os territórios do domínio Vicentino, e em um projeto para melhorar as estruturas militares, eles construíram os castelos, colocando como responsável, Giovanni Della Scala, a fim de defender a capital e reforçar a estrutura defensiva da comunidade, com uma rede de castelos e muralhas de pedra que são a atração principal da cidade.
As fortalezas poderosas que dominavam Montecchio Maggiore, são os restos de um poderoso complexo para controlar e defender o caminho de Verona a Vicenza.
No século XV, o Vêneto caiu sob a soberania de Veneza, que foi governado até 1797, ano da queda da República Veneziana.
Depois, Montecchio Maggiore foi sede de um pequeno reino que inclui as cidades vizinhas de Sovizzo, Gambugliano, Montemezzo e Mount St. Lorenzo.
No final do século XIX, são realizadas obras civis e religiosas de importância fundamental para a chegada século XX, destacando-se um notável desenvolvimento industrial.
Exibir mapa ampliado
Castelli Scaligeri
Os 2 castelos são os pontos turísticos mais importantes da cidade. O que vemos hoje dos castelos são a versão existente construída por Antonio Della Scala, senhor de Verona, na segunda metade do século XIV.
Historiadores, dizem que já haveria um castelo fortificado desde o ano 1000 no alto do morro com vista para a cidade histórica de Montecchio Maggiore, na verdade, poderíamos dizer que a cidade se desenvolveu no pé da colina do castelo.
O Castello Della Villa (Castello di Romeo) é um belo documento da arquitetura militar, mesmo que as ameias tenham sido destruídas, as restaurações efetuadas nas últimas décadas acabaram transformando-o em um teatro ao ar livre, aberto ao público, com sessões de cinema e outros eventos.
A torre de menagem, é agora usada como espaço para exposições, que se estende ao longo de cinco andares ao topo, sendo visível pelos vales vizinhos.
O Castello Della Bellaguardia (Castello di Giulieta) foi construído com o objetivo de observar a planície entre Verona e Vicenza no ponto mais alto da colina.
As restaurações adaptaram este castelo para receber um charmoso restaurante que opera regularmente a partir dos anos 50.
Ristorante Giulietta e Romeo - http://www.ristorantegiuliettaeromeo.it/
A tradição diz que as duas famílias Montecchios e os Capuletos, da história de Romeu e Julieta, realmente existiram e habitaram os 2 castelos.
As duas famílias, eternas inimigas, foram confiadas as fortalezas de Montecchio pelo senhor de Verona, Cangrande della Scala, para uma reconciliação e aproximar-los na missão de proteger o território.
A intenção foi em vão, mas ali nasceu o amor de grande obstáculo que acabou em final trágico na cidade de Verona.
História foi narrada pela primeira vez em 1524 por Luigi Da Porto Vicenza, no final desse século, e depois inspirou o gênio de William Shakespeare.
Video di Castelli di Montecchio Maggiore
Villa Cordellina Lombardi
O imponente edifício no complexo com seus anexos podem ser considerados um dos mais importantes vilas venetas do século XVIII.
Criada 1735-1760 com desenhos do arquiteto veneziano Giorgio Massari, abriga no salão central do piso principal, um notável "ciclo di affreschi" de Giambattista Tiepolo.
Restaurada entre os anos de 1953 - 1956 por Victor Lombardi, empresário industrial de Brescia, financiador da expedição italiana ao topo do K2, em 1954, queria reformar a casa de campo o mais fiel possível ao seu esplendor original.
Desde 1970 é propriedade da Administração Provincial de Vicenza, que a utiliza para fins culturais e aberto ao público visitante.
O "ciclo di affreschi" é uma celebração da exaltação das virtudes da razão sobre a paixão, a intolerância e a superstição, um tema caro à filosofia iluminista que, em meados do século XVIII, havia conquistado toda a Europa.
De especial relevância artística também a composição de esculturas originais ainda está preservada, no jardim e na fachada da casa de campo.
O complexo do palácio inclui a casa, os estábulos de cavalos e casas de hóspedes, além de estábulos rústicos e celeiros para recolher os alimentos nos campos.
Duomo di Santa Maria e San Vitale
É um edifício neo-gótico que data de 1892 que abriga os altares e obras de arte da antiga igreja paroquial demolida.
Este edifício tinha origens antigas antes do ano 1000 e foi a igreja matriz de todos os edifícios sagrados dos vales de Chiampo e dell’Agno.
Na Catedral há uma preciosa pintura do século XVIII feita por Antonio De Pieri, pintor de Vicenza, um trítico de pedras preciosas de origem século XV, que tem origem na antiga igreja paroquial, outras obras menores século XIX e uma série de obras recentes, entre eles uma Via Crucis e um grande crucifixo pintado de acordo com a igreja gótica do século XIV.
Vídeo das atrações de Montecchio Maggiore
quinta-feira, 4 de março de 2010
Cantina Mamma Celeste no Bixiga
Um sábado desses, fui com a família passear no bairro do Bixiga pra ver algumas coisas de decoração e comprar um lustre antigo pra nossa sala de jantar. Como estávamos por lá, não poderíamos deixar de comer em uma das cantinas italianas do bairro.
Na loja de antiguidades, depois de comprar o lustre, fomos perguntados por duas cariocas perdidas em sampa, sobre onde teria uma cantina boa e não tão cara para almoçar. A atendente da loja tomou a frente e foi bem direta: Desçam a rua aqui e lá embaixo depois da padaria basilicata, quase na esquina tem a cantina da Mamma Celeste, vale a pena.
Bom, seguindo o conselho da senhora, que parecia muito convicta, descemos a pé a rua, passamos pela basilicata pra comprar umas coisinhas e seguimos para a cantina.
A cantina é bem simples, na entrada, várias fotos da família na parede, antigas em preto e branco, com uma decoração não tão chamativa nem tão abusada quanto aquelas típicas cantinas do Bixiga que até fantasiam os seus garçons de dancarinos de tarantella.
Achamos uma mesa e pedimos um cadeirão para acomodar o pequeno Bruno que já estava querendo o seu almoço. Dali mesmo avistamos as cariocas já comendo o couvert, fizemos o mesmo e pedimos um vinho italiano pra acompanhar.
Pedimos 2 pratos de pasta caseira, um filetto alla parmegiana e mais um macarrãozinho pro Bruno. O meu prato estava muito bom, uma pasta ao sugo com gorgonzola e azeitonas pretas. O parmegiana também estava ótimo, bem grosso e suculento, muito bem servido.
Enquanto comíamos, avistei chegar uma amiga minha dos tempos de agência que fazia anos que não encontrava. Logo ela cumprimentou a primeira mesa e fiquei ali de olho até que ela fosse a nossa mesa, fiquei na dúvida se ela ia me reconhecer. Ela me avistou e logo veio me abraçar e a surpresa...Ela hoje é a chef da cantina e sócia, pois a família dela é dona da cantina a um tempão. Marta Fuzinato, ex-publicitária de agência agora chef de cozinha da cantina Mamma Celeste no Bixiga, quem diria, pensei eu.
Depois da surpresa, ela nos mostrou as fotos da família Fuzinato na parede da cantina. Ela é filha da Mamma Celeste e contou um pouco da história da cantina e da família antes de ir para a cozinha pegar no batente.
A comida estava ótima, a surpresa foi muito boa e estava por vir uma ainda melhor: a conta.
Quando chegou a maledetta, achei que estivesse errada. Nosso almoço com vinho italiano, couvert pra 2 pessoas, 2 pratos de massa, um parmegiana e mais um mini prato pro Bruno, tudo isso saiu por R$ 100,00.
Bom, essa é a minha dica pra quem quer comer muito bem e barato no Bixiga, vale muito a pena, não gasta muito, preço mais do que justo e come uma bela pasta caseira da melhor qualidade.
Cantina Mamma Celeste
Chef: Marta Fuzinato
Endereço: Rua conselheiro carrão, 460 - Bixiga - São paulo
Tel: 3284-4854
email: mammaceleste2004@hotmail.com
Veja aqui a materia do Fantástico do dia 02/09/2012 onde aparece a Mamma Celeste:
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1681662-15605,00-MAGO+DA+COZINHA+REINVENTA+CLASSICO+DA+CULINARIA+ITALIANA+O+NHOQUE.html
Na loja de antiguidades, depois de comprar o lustre, fomos perguntados por duas cariocas perdidas em sampa, sobre onde teria uma cantina boa e não tão cara para almoçar. A atendente da loja tomou a frente e foi bem direta: Desçam a rua aqui e lá embaixo depois da padaria basilicata, quase na esquina tem a cantina da Mamma Celeste, vale a pena.
Bom, seguindo o conselho da senhora, que parecia muito convicta, descemos a pé a rua, passamos pela basilicata pra comprar umas coisinhas e seguimos para a cantina.
A cantina é bem simples, na entrada, várias fotos da família na parede, antigas em preto e branco, com uma decoração não tão chamativa nem tão abusada quanto aquelas típicas cantinas do Bixiga que até fantasiam os seus garçons de dancarinos de tarantella.
Achamos uma mesa e pedimos um cadeirão para acomodar o pequeno Bruno que já estava querendo o seu almoço. Dali mesmo avistamos as cariocas já comendo o couvert, fizemos o mesmo e pedimos um vinho italiano pra acompanhar.
Pedimos 2 pratos de pasta caseira, um filetto alla parmegiana e mais um macarrãozinho pro Bruno. O meu prato estava muito bom, uma pasta ao sugo com gorgonzola e azeitonas pretas. O parmegiana também estava ótimo, bem grosso e suculento, muito bem servido.
Enquanto comíamos, avistei chegar uma amiga minha dos tempos de agência que fazia anos que não encontrava. Logo ela cumprimentou a primeira mesa e fiquei ali de olho até que ela fosse a nossa mesa, fiquei na dúvida se ela ia me reconhecer. Ela me avistou e logo veio me abraçar e a surpresa...Ela hoje é a chef da cantina e sócia, pois a família dela é dona da cantina a um tempão. Marta Fuzinato, ex-publicitária de agência agora chef de cozinha da cantina Mamma Celeste no Bixiga, quem diria, pensei eu.
Depois da surpresa, ela nos mostrou as fotos da família Fuzinato na parede da cantina. Ela é filha da Mamma Celeste e contou um pouco da história da cantina e da família antes de ir para a cozinha pegar no batente.
A comida estava ótima, a surpresa foi muito boa e estava por vir uma ainda melhor: a conta.
Quando chegou a maledetta, achei que estivesse errada. Nosso almoço com vinho italiano, couvert pra 2 pessoas, 2 pratos de massa, um parmegiana e mais um mini prato pro Bruno, tudo isso saiu por R$ 100,00.
Bom, essa é a minha dica pra quem quer comer muito bem e barato no Bixiga, vale muito a pena, não gasta muito, preço mais do que justo e come uma bela pasta caseira da melhor qualidade.
Cantina Mamma Celeste
Chef: Marta Fuzinato
Endereço: Rua conselheiro carrão, 460 - Bixiga - São paulo
Tel: 3284-4854
email: mammaceleste2004@hotmail.com
Veja aqui a materia do Fantástico do dia 02/09/2012 onde aparece a Mamma Celeste:
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1681662-15605,00-MAGO+DA+COZINHA+REINVENTA+CLASSICO+DA+CULINARIA+ITALIANA+O+NHOQUE.html
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Brasileiros que falam italiano
Entre os anos de 1875 e 1935, aproximadamente 1,5 milhão de italianos resolveram habitar o Brasil. Esses habitantes italianos geraram 25 milhões de descendentes, uma proporção de 15% do total de habitantes brasileiros, contabilizando a maior população de origem italiana fora da Itália.
Assim fica muito fácil entender porque no Brasil quase 1,5 milhão de habitantes falam italiano como segunda língua ou sendo usado em comunidades e famílias, totalizando assim a maior população fora da Itália.
1 Brazil 1,500,000
2 Argentina 1,500,000
3 USA 1,008,370
4 France 1,000,000
5 Canada 661,000
6 Germany 548,000
7 Switzerland 500,000
8 Venezuela 400,000
9 Australia 353,605
10 Belgium 250,000
11 UK 200,000
12 Egypt 72,400
O total de pessoas que falam italiano como língua nativa são cerca de 70 a 80 milhões, quase a grande maioria na Itália (55 milhões), seguido por San Marino, Malta, Suiça e o Vaticano, todos países com usam o italiano como língua oficial.
Cerca de 150 milhões de habitantes em todo o mundo falam o italiano, falado também em locais como a Ístria, Eslovênia, Croácia, Córsega, Nice, e em antigas possessões italianas como a Albânia e em certas partes da África, que incluem a Etiópia, Líbia, Tunísia e Eritreia.
Ainda hoje, esta língua derivada do Latim é bastante difundida aqui no Brasil nas regiões onde os italianos se instalaram, principalmente no sudeste entre São Paulo e Rio Grande do Sul.
Os motivos são geralmente culturais, descendência familiar, comunidades, pessoas que trabalham em empresas italianas e amantes da moda, design, cinema, música, literatura e artes plásticas.
Nas escolas brasileiras públicas ou privadas de ensino fundamental e médio, algumas delas têm na grade regular o ensino do italiano. É o exemplo de algumas escolas em São Caetano na grande São paulo, na capital paulista como o colégio Dante Alighieri e em outras cidades principalmente no interior do Rio Grande do Sul.
Uma parte significativa da imigração italiana se concentrou no Sul do Brasil, onde foram criadas várias colônias rurais isoladas quase sem comunicação alguma entre si. Isso contribuiu muito para o enraizamento do italiano nestes locais. A maior parte deles concentram-se nas nas zonas vinícolas do Rio Grande do Sul onde o idioma persiste até hoje sendo falado por milhares de brasileiros. Nessa região e em Santa Catarina, além do italiano, algumas comunidades falam o Talian, que é um dialeto Vêneto, devido a grande concentração de pessoas que vieram dessa região da Itália.
Entre 1875 e 1960 cerca de mais de 500 jornais eram impressos em talianos aqui no Brasil, incluindo jornais, semanais, quinzenais, mensais e tiragem únicas.
Principais jornais em italiano no Brasil
Título / Tiragem
Italiani no Maranhão / 800
Affari / 15.000
Corriere lucchese / 5.000
Emigrazione / 5.000
Il titano / 5.000
Italo / 5.000
La settimana del fanfulla / 30.000
L’Italia del popolo / 11.000
Il corriere del Cib / 4.000
Insieme / 10.000
Correio riograndese / 21.000
La voce d’Italia / 5.000
Italia Nossa / 4.000
Mondoitaliano / 750
Comunità italiana / 20.000
Oriundi / 8.000
Além dos impressos em língua italiana, existem muitas rádios e TVs locais que transmitem a sua programação integralmente em italiano para a comunidade.
Esses pequenos comunicadores em massa mantem vivo o idioma e os custumes para os Oriundi e descendentes.
Rádios italianas no Brasil:
Nome / Local
Con l’Italia nel cuore del Rio Grande / Faxinal do Soturno R.S.
Coral Alegria Francescana / Marau R.S.
Fundação cultural Planalto / R.S.
Fundação Radio e Televisão do Paranà / Curitiba Paranà
Il ritorno alle origini- Italia innamorata / Nova Venezia S. Caterina
Italia bella Italia / São paulo
Italia Romantica / São paulo
La voce d’Italia nel cielo del Brasile / Paraná
Radio Bento Gonçalves / Bento Gonçalves R.S.
Radio diffusora Garibaldi / Garibaldi R.S.
Radio emissora Dabarra / Barra Bonita S.P.
Radio impresa fm 102.1 / Rio de Janeiro
Radio Italia / Botucatu S.P.
Televisão em italiano no Brasil
Nome / Local
Italia bella Italia / São paulo
Italia Romantica / São paulo
La voce d’Italia nel cielo del Brasile / Paraná
Afinal, Siamo tutti italiani...
Assim fica muito fácil entender porque no Brasil quase 1,5 milhão de habitantes falam italiano como segunda língua ou sendo usado em comunidades e famílias, totalizando assim a maior população fora da Itália.
1 Brazil 1,500,000
2 Argentina 1,500,000
3 USA 1,008,370
4 France 1,000,000
5 Canada 661,000
6 Germany 548,000
7 Switzerland 500,000
8 Venezuela 400,000
9 Australia 353,605
10 Belgium 250,000
11 UK 200,000
12 Egypt 72,400
O total de pessoas que falam italiano como língua nativa são cerca de 70 a 80 milhões, quase a grande maioria na Itália (55 milhões), seguido por San Marino, Malta, Suiça e o Vaticano, todos países com usam o italiano como língua oficial.
Cerca de 150 milhões de habitantes em todo o mundo falam o italiano, falado também em locais como a Ístria, Eslovênia, Croácia, Córsega, Nice, e em antigas possessões italianas como a Albânia e em certas partes da África, que incluem a Etiópia, Líbia, Tunísia e Eritreia.
Ainda hoje, esta língua derivada do Latim é bastante difundida aqui no Brasil nas regiões onde os italianos se instalaram, principalmente no sudeste entre São Paulo e Rio Grande do Sul.
Os motivos são geralmente culturais, descendência familiar, comunidades, pessoas que trabalham em empresas italianas e amantes da moda, design, cinema, música, literatura e artes plásticas.
Nas escolas brasileiras públicas ou privadas de ensino fundamental e médio, algumas delas têm na grade regular o ensino do italiano. É o exemplo de algumas escolas em São Caetano na grande São paulo, na capital paulista como o colégio Dante Alighieri e em outras cidades principalmente no interior do Rio Grande do Sul.
Uma parte significativa da imigração italiana se concentrou no Sul do Brasil, onde foram criadas várias colônias rurais isoladas quase sem comunicação alguma entre si. Isso contribuiu muito para o enraizamento do italiano nestes locais. A maior parte deles concentram-se nas nas zonas vinícolas do Rio Grande do Sul onde o idioma persiste até hoje sendo falado por milhares de brasileiros. Nessa região e em Santa Catarina, além do italiano, algumas comunidades falam o Talian, que é um dialeto Vêneto, devido a grande concentração de pessoas que vieram dessa região da Itália.
Entre 1875 e 1960 cerca de mais de 500 jornais eram impressos em talianos aqui no Brasil, incluindo jornais, semanais, quinzenais, mensais e tiragem únicas.
Principais jornais em italiano no Brasil
Título / Tiragem
Italiani no Maranhão / 800
Affari / 15.000
Corriere lucchese / 5.000
Emigrazione / 5.000
Il titano / 5.000
Italo / 5.000
La settimana del fanfulla / 30.000
L’Italia del popolo / 11.000
Il corriere del Cib / 4.000
Insieme / 10.000
Correio riograndese / 21.000
La voce d’Italia / 5.000
Italia Nossa / 4.000
Mondoitaliano / 750
Comunità italiana / 20.000
Oriundi / 8.000
Além dos impressos em língua italiana, existem muitas rádios e TVs locais que transmitem a sua programação integralmente em italiano para a comunidade.
Esses pequenos comunicadores em massa mantem vivo o idioma e os custumes para os Oriundi e descendentes.
Rádios italianas no Brasil:
Nome / Local
Con l’Italia nel cuore del Rio Grande / Faxinal do Soturno R.S.
Coral Alegria Francescana / Marau R.S.
Fundação cultural Planalto / R.S.
Fundação Radio e Televisão do Paranà / Curitiba Paranà
Il ritorno alle origini- Italia innamorata / Nova Venezia S. Caterina
Italia bella Italia / São paulo
Italia Romantica / São paulo
La voce d’Italia nel cielo del Brasile / Paraná
Radio Bento Gonçalves / Bento Gonçalves R.S.
Radio diffusora Garibaldi / Garibaldi R.S.
Radio emissora Dabarra / Barra Bonita S.P.
Radio impresa fm 102.1 / Rio de Janeiro
Radio Italia / Botucatu S.P.
Televisão em italiano no Brasil
Nome / Local
Italia bella Italia / São paulo
Italia Romantica / São paulo
La voce d’Italia nel cielo del Brasile / Paraná
Afinal, Siamo tutti italiani...
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